A apresentação do humorista Tiririca no horário eleitoral gratuito é uma piada de mau gosto que pretende banalizar ainda mais a política brasileira.
Nesse momento decisivo em que a sociedade tem nas mãos a prerrogativa de eliminar os maus exemplos da vida pública através do poderoso instrumento do voto, que será registrado na urna no dia 3 de outubro, aparece um verdadeiro palhaço maculando o ambiente eleitoral e tirando o foco dos assuntos mais relevantes com suas chacotas aberrantes.
Com slogans de fácil assimilação popular criados pelos marqueteiros contratados por seu partido a mando dos caciques que querem garantir suas reeleições com uma possível super votação do palhaço usado e manipulado, o horário político vai emprestando seu péssimo prestígio para as brincadeiras e sátiras desrespeitosas com o sofrimento dos brasileiros.
Nenhuma proposta serena e concreta foi anunciada pelo palhaço e nenhum compromisso político foi firmado. Ele usa a maior parte do tempo dedicado a seu partido para expor uma performance imbecil. O objetivo da legenda é que o comediante Tiririca, que nunca teve contato com política nem nunca votou conforme suas próprias declarações desastrosas, alcance uma votação semelhante ao histórico Enéas e “puxe” com ele outros deputados. A estratégia do partido foi percebida pelos paulistas o assombrará para sempre como uma atitude anti-política para garantir sua sobrevivência.
O Congresso Nacional transpassa uma crise institucional sem precedentes na vida republicana e perdeu o respeito dos brasileiros. O motivo disso foram as sucessivas encrencas que os deputados se meteram, num cenário de corrupção que envergonhou o país.
A cada eleição é dada a chance dos políticos resgatarem a dignidade e a autoridade moral dessa nobre vocação. É o momento periódico que oferece ao político a possibilidade de convencer os cidadãos de que é possível acreditar na ação política e ter confiança nas propostas apresentadas. É a oportunidade de limpar o entulho com a escolha de novos projetos e novos representantes.
Hoje, com a velocidade trepidante da informação, quem é que não sabe que as decisões sobre tudo que acontece na vida cotidiana de cada brasileiro, passam por debates e votos dos políticos?
Desde o preço do arroz e do feijão, presentes na mesa das famílias todos os dias, até o valor do salário e das taxas e juros bancários. Dos direitos dos aposentados, até as vagas nas escolas e creches. Do preço do remédio até o tratamento de doenças graves. Da proteção do meio ambiente, até o valor per capita que é investido para a formação educacional inicial de nossas crianças. Da tarifa da água, energia elétrica e telefone, até a liberdade de expressão dos cidadãos. Dos direitos sociais à abertura ao comercio internacional. Enfim, tudo o que vivemos depende de leis que disciplinam o que pode e o que não pode. Assim prescreve o direito positivo brasileiro, norte legal da democracia formal.
Qual é a capacidade do palhaço Tiririca para debater assuntos de relevante interesse público? Fora as piadas decoradas, cadê a habilidade na oratória para defender na tribuna da Câmara Federal o real interesse do povo paulista? Como saberá interpretar as necessidades legislativas para a evolução de políticas públicas capazes de provocar transformações positivas na sociedade brasileira? Tiririca saberá redigir um projeto de lei ou emitir uma opinião ou idéia se só aprendeu a tirar sarro das coisas e das pessoas?
Como cidadãos conscientes de nossos direitos e deveres, não podemos atacar, de forma alguma, o direito dos candidatos lançarem-se em busca de cargos eletivos, mas também não podemos deixar de manifestar nossa indignação quando insurge um terrível abuso contra esse direito. É preciso ter um mínimo de preparo para concorrer a cargos públicos, senão não será possível cumprir o mandato com qualidade e responsabilidade. E um mandato tem um alto custo retirado dos impostos que pagamos. Quem se elege nessas condições são os mais vulneráveis às manobras e manipulações.
Esperamos que as chacotas de Tiririca com o povo paulista não tirem a mira dos eleitores nos políticos corruptos que precisam ser analisados, julgados e execrados da vida pública.
Sr candidato Tiririca, também assisti na TV mais uma de suas piadas no horário político. Rimos muito na sala de casa quando disse que já construiu algumas escolas na época que trabalhava como servente de pedreiro. Já está bom! Agora volte para sua casa e continue seu programa na TV, é pra isso que nasceu e é daí que tira o sustento para sua família. O Sr não está preparado para nos representar e certamente não será um bom deputado, caso eleito.
Pais, repreendam seus filhos se pedirem para votar no Tiririca porque isso é um terrível exemplo de inversão dos valores da cidadania. Não deixe que suas crianças cresçam pensando que política é uma brincadeira perversa como essa.
Tiririca, sei que poderá ter uma grande votação, pois muitos confundirão voto de protesto com voto de pretexto. Pretexto para jogar na lama o direito de mudança. Pretexto para piorar a qualidade dos nossos políticos. Pretexto para desperdiçar a oportunidade valiosa de escolher conscientemente.
Caso ocorra a lamentável eleição de políticos como Tiririca, pior do que está fica sim!
Marcelo José Ortega
Fonte: http://www.marcelojoseortega.com.br/?id=opiniao_detalhes&cod=8
About Administrador
Administrador do blog
Twitter •
Um comentário sobre “Tiririca, pior do que está fica!”
Tirica é um Gênio! Dizem que não sabe ler nem escrever. Se mesmo assim possui a medíocre fortuna de USD 100,000,000.00 se assinar o nome repete a dose e será o novo presidente!(2018)
Caso faça o primeiro grau, o que será do País?
Continue e terminar o segundo Grau? O que será do mundo?
Faça 3º grau, Mestrado, pós-graduação, Phd, MBA, Pharmacia, Para psicologia, aonde nos esconderemos!
Barrem este homem! Ele nas mãos erradas pode ser uma ameaça a Paz Mundial!
E o Cardeal Ratzinger tinha que ser Papa logo agora?